Heroina
Psicofarmacologia
Viçosa
Junho 2013
Introdução
A heroína é uma droga derivada da papoula, sintetizada a partir da morfina: substância bastante utilizada no século XIX pelas suas propriedades analgésicas e antidiarréicas. Como outras drogas originárias desta planta, a heroína atua sobre receptores cerebrais específicos, provocando um funcionamento mais brando do sistema nervoso e respiratório. É usada com o objetivo de aumentar a autoestima e diminuir o desânimo. Os opióides em geral são usados para diminuir sensações como dor e ansiedade. Segundo o psiquiatra Zacaria Borge Ramadam, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, a heroína é extremamente poderosa porque “imita as funções e exagera os efeitos de uma substância sintetizada em nosso próprio organismo”. Os opiáceos, como a morfina e a heroína, agem sobre o sistema parassimpático, que em equilíbrio com o sistema simpático influi decisivamente no comportamento humano. O primeiro, com a adrenalina, regula as funções de ataque e defesa; e o segundo, com a acetilcolina, as funções de fuga, relaxamento, sonolência e descontração. E em especial sobre o sistema parassimpático que age a heroína, substituindo as propriedades da acetilcolina. Mais poderosa que essa substância, a heroína acaba por ocupar seu espaço no organismo; com o aumento das doses, simplesmente a acetilcolina deixa de ser produzida. "Por isso o viciado sofre reações tão adversas, quando resolve abandonar a droga", explica Ramadam.
Desenvolvimento
A heroína é uma droga do grupo dos opióides, também conhecidos como analgésicos narcóticos. O nome heroína foi o nome comercial com que foi registrada pela farmacêutica alemã Bayer (da palavra alemã “heroish” que significa heroico, uma referência à sua ação estimulante e analgésica). Os opióides são assim chamados por derivarem do ópio, que é um líquido