Heroina
Devido ao elevado número de dependentes de morfina e às nefastas consequências que o abuso de morfina trouxe à sociedade no século XIX, impôs-se a necessidade de encontrar uma nova substância com igual potencial analgésico, mas que não gerasse dependência.
Pensaram que serviria para tratar os dependentes da morfina, assim como outras doenças (por exemplo, a tuberculose). Aparentemente, não tinha efeitos secundários adversos, mas depressa se tornaram evidentes os seus riscos e efeitos negativos, apesar de a Bayer ter conseguido manter as críticas sob controlo, durante uma dezena de anos
APRESENTAÇÃO
Durante muito tempo, a heroína foi consumida por via intravenosa.
O aparecimento da SIDA e a sua emergência devastadora entre os heroinómanos explica a tendência atual dos novos consumidores para fumar ou aspirar o vapor libertado pelo aquecimento da substância.
Preparar a injeção de heroína transformou-se num ritual: numa colher, ou num objeto semelhante, coloca-se o pó, mistura-se com água e umas gotas de sumo de limão e coloca-se sobre uma fonte de calor para facilitar a dissolução.
Sobre a mistura põe-se um pedaço de algodão ou o filtro de cigarro, para assim filtrar as impurezas, antes de introduzir a solução na seringa. Fica, então, preparada a injeção. Por outro lado, o processo de fumar ou inalar os vapores libertados torna-se mais fácil e rápido se se puser a heroína num papel de estanho sobre uma fonte de calor. É muito frequente o consumo de heroína misturada com outras substâncias, por exemplo a cocaína ("speedball"), para prolongar e intensificar os efeitos de ambos os produtos
ASPETOS FARMACOLÓGICOS
Todos os opiáceos atuam sobre recetores cerebrais específicos. Estes localizam-se no sistema límbico, na massa cinzenta, na espinal medula e em algumas estruturas periféricas. Os principais efeitos farmacológicos da heroína, em maior grau, justificam-se por causa da morfina, que é um