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Numa acepção, "nominalismo" refere-se a um grupo de temas filosóficos e teológicos relacionados entre si, e de um modo geral articulados por alguns pensadores de finais do séc. XIV, influenciados por Guilherme de Ockham. Estes pensadores expressavam dúvidas acerca da metafísica aristotélica, em particular acerca da sua eficácia em provar a existência de Deus. Concederam prioridade à fé sobre a razão e enfatizaram a omnipotência divina de maneiras que em ética levaram frequentemente à teoria dos mandamentos divinos e a um cepticismo geral acerca do nosso conhecimento tanto das relações causais como da distinção entre substância e acidente.
Influencia nominalismo
Uns dizem que Guilherme de Ockham foi o último dos pensadores medievais, outros, que ele foi o primeiro dos pensadores modernos. Seja como for, é deste frade franciscano do século XIV a honra de demarcar a virada do pensamento escolástico medieval em direção ao pensamento científico moderno.
Guilherme de Ockham (algumas vezes grafado Occam) nasceu no vilarejo de Ockham, na Inglaterra, entre 1280 e 1300. Completou seus estudos na Universidade de Oxford, onde lecionou por algum tempo, posteriormente mudando-se para Paris. Em 1324 foi chamado pela primeira vez diante do Papa para prestar contas por suas idéias pouco ortodoxas. Quatro anos depois foi excomungado devido ao seu apoio ao grupo conhecido como "Os Espirituais", a ala extremista da Ordem Franciscana que se opunha à opulência da Igreja, e fugiu para a corte do Imperador Luís em Munique (um rival do Papa), onde viveu até sua morte, possivelmente em 1349.
Ockham poderia ser classificado como empirista e cético. Empirista por defender a necessidade da experimentação como fonte do conhecimento, em oposição à crença corrente de que o verdadeiro conhecimento só poderia ser obtido pelo uso da razão pura; e cético, na medida que dizia ser impossível provar a existência de Deus através de qualquer ferramenta racional (embora não fosse por