Hermenêuticas
∙Hermenêutica romântica de Schleiermacher
Friedrich Daniel Ernst Schleiermacher, nascido no século XVIII, foi pregador em Berlim e professor de Filosofia e Teologia. Como teólogo e filósofo, foi contemporâneo de Johann Fichte, Friedrich Schelling, Friedrich Krause e Friedrich Hegel. Em 1797, em Berlim, conheceu Friedrich Schlegel e uniu-se ao círculo dos românticos.
A Hermenêutica, a priori, é um ramo da filosofia que estuda a teoria da interpretação, que pode referir-se tanto à arte da interpretação, ou a teoria e treino de interpretação. Já a hermenêutica romântica é uma técnica para interpretação de um tema preciso, a fim de se alcançar o que está às escondidas, encontrar o seu sentido verdadeiro e Schleiermacher contribui para ir além da primeira definição, levando a crer de que a hermenêutica teria como ser utilizada para se entender a vida espiritual.
No entanto a sistemática de Schleiermacher seja composta por duas formas de interpretação (gramatical e psicológica), o que foi de muitíssima importância deste autor é a contribuição dele para a vertente romântica. Uma das maiores, sem duvida, é a universalização do Mal-Entendido. Para compreender melhor este termo, primeiramente precisa-se notar que “universalização” para o teólogo seria a expansão de seus métodos e técnicas a toda a pretensão humana. Isto porque, teria que dar autonomia a hermenêutica pois, somente assim, ela poderia aspirar a ser uma doutrina.
Quanto a universalização mal entendido, temos que a hermenêutica seria determinada pela idéia de que a experiência do outro e a possibilidade do mal-entendido são universais. Sendo assim, o mal-entendido passa a se tornar a regra e não mais a exceção, não se relevando ocasionalmente.
O que a vertente romântica da hermenêutica tentava era constituir um discurso universal que justificasse as Ciências do Espírito diante das Ciências Naturais. O que conseguiram, porém, foi apenas validar a hermenêutica enquanto