Hermeneutica
SCHLEIERMACHER
O filósofo e teólogo Friedrich Shleiermacher (1768 – 1834) iniciou uma reflexão sobre a hermenêutica que o tornou conhecido como o fundador da hermenêutica moderna.
Schleiermacher descobriu que a Bíblia não possui tratados teológicos sistemáticos e, sim, é o produto de homens dando respostas a situações concretas. Daí a necessidade de se conhecer a vida do escritor e o que está por trás das suas palavras.
Schleiermacher fez distinção entre interpretação gramatical e interpretação psicológica. A interpretação gramatical passa por uma atividade linguística-lexical; enquanto que a interpretação psicológica é a atividade de se procurar compreender a mente do autor expressa pelo texto escrito.
O método de Schleiermacher é fundamental uma analise filosófica das condições que tornam possível o entendimento do texto.
Para Schleiermacher ler um texto é dialogar com um autor e esforçar-se por reencontrar a sua intenção, é procurar compreender um espírito por intermédio da decifração das obras nas quais ele se exprimeiu.
Este autor contribuiu ao dar os primeiros passos ao aproximar a hermenêutica da filosofia. O projeto de Schleiermacher de uma hermenêutica universal se baseia na noção da compreensão.
DILTHEY
Para o filósofo alemão Wilhelm Dilthey (1833-1911) a hermenêutica assume o estatuto de um método de conhecimento especialmente apto para dar conta do fato humano, irredutível em si mesmo aos fenômenos naturais. O texto a interpretar é a própria realidade humana no seu desenvolvimento histórico. Aplicado ao estudo da ação histórica, o ato hermenêutico deve permitir restituir por assim dizer “do interior” a intenção que guiou o agente no momento em que ele tomava tal decisão, e permitir assim alcançar a significação desta ação. Dilthey introduz que: “A riqueza da nossa experiência permite-nos imaginar, por uma espécie de transposição, uma experiência análoga exterior a nós e compreendê-la...”. Se nos é