Herbert Simon sobre racionalidade limitada
Quando eu decidi escrever sobre as organizações, escrever sobre o processo de tomada de decisões, eu sabia das dificuldades. E isso foi uma ideia razoavelmente nova, certamente embasado no que já existia no trabalho de Barnard.
Então simplesmente me sentei e tentei pensar em como o processo de decisão poderia ser descrito, e eu primeiro dei o ponto de vista do economista como base para mostrar a proposta de onde parti e então eu procurei, no primeiro capítulo do livro, configurar o que as pessoas chamam hoje de “limite da racionalidade”. E mostrar que, na verdade, as decisões tomadas são diferentes das escolhas que seriam economicamente “ideias” seja devido às alternativas que lhes são dadas, seja devido as consequências envolvidas, enfim, por inúmeras razões. Economia é certamente uma teoria extremamente formal que diz que as pessoas tem preferências que tentamos de alguma forma juntar num sistema consistente que possa ter uma função utilitária. Por exemplo, se você prefere A, B, D, C, você não voltaria para dizer: “Eu realmente prefiro “C” do que “E”. E as pessoas, de uma forma ou de outra, olham para essa gama de opções à sua frente, todas as coisas ao seu redor e então escolhem uma que maximize a sua utilidade. E isto é o significa para mim ser dúbia a descrição da escolha humana. Primeiro, porque eu não posso saber, na minha própria mente ou na mente de meus amigos no que consiste uma “função utilitária”.
O que eu prefiro depende terrivelmente de para onde voltamos nossa atenção em determinado momento. Em segundo lugar, nós nunca temos a informação completa sobre as coisa alguma. Portanto, não sabemos sobre as consequências desta ou daquela escolha. Se você pensa em alguma consequências perde uma enormidade de outras. Em terceiro, quando muitas pessoas estão envolvidas não há meios de se comparar suas habilidades em economia. Então, eu encontrei muita insatisfação na época em que eu fiz o estudo de Milwaukee. O