herança dos escravos

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O que os escravos nos deixaram de herança?

Trazidos da África por volta de 1530, os escravos sustentaram a economia do Brasil por mais de 350 anos e ajudaram a enriquecer nossa cultura. Seus descendentes representam quase metade da população brasileira e sua influência cultural pode ser observada, principalmente, na música, nas danças, na religião e na culinária. O samba tem suas origens no continente africano. Durante a escravidão, os africanos reuniam-se em roda para cantar e dançar depois do trabalho. Batiam palmas e tocavam instrumentos de percussão, como atabaque, cuíca, agogô, marimba, ganzá e berimbau. Aos poucos, a sociedade brasileira assimilou o ritmo dos negros e, hoje, artistas e grupos musicais de renome mantêm vivas essas tradições, explorando a riqueza musical afro-brasileira. As principais danças herdadas dos negros são o maracatu, batuque e jongo. A principal, no entanto, é o samba, porque abrange primitivamente o samba de roda ou batuque, proveniente de Angola. Dele surgiram o baião e a chiba. O samba é considerado um tipo de música e dança e rapidamente se espalhou pela população e acabou sendo considerado a música típica do Brasil. A mistura bem-sucedida de luta, dança e rituais diversos deram origem à capoeira, outra herança africana bastante difundida. A influência africana também pode ser observada nos cultos religiosos. O candomblé cultua os orixás, que representam diversas forças da natureza. Como essa manifestação religiosa era proibida na época da escravidão, os negros começaram a louvar santos católicos, estabelecendo relações com os orixás. Essa união de cultos, em que Iemanjá se identifica com Nossa Senhora da Conceição, por exemplo, ficou conhecida como sincretismo religioso. Nossa culinária também recebeu forte influência da cultura africana. Principalmente na Bahia, pratos como acarajé, vatapá, caruru são bastante populares. Os negros também contribuíram com a difusão do inhame, cana-de-açúcar, azeite-de-dendê, leite de coco e

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