Trabalho Brasil Imp Rio
SLENES, Robert. Na senzala, uma flor. Campinas: Ed. Unicamp, 2011.
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Esperança e Recordações
Condições de cativeiro, cultura centro-africana e estratégias familiares.
• “Ribeyrolles concluía que nas senzalas ‘não há famílias, apenas ninhadas’.”(p.139) A qualquer momento esta pode ser separada, isto um filho, por exemplo, pode ser tomado e vendido assim separando-se dos pais.
•Há uma grande dificuldade em relação as fontes para o estudo de famílias escravas, estas são limitadas a relatos de viajantes estrangeiros e brasileiro “bem nascidos”.
•O objetivo do autor não é apenas reconstruir a “visão dos vencidos”, mas demonstra que “os escravos não eram seres anômicos, triturados até na alma pelo engenho do cativeiro, se tinham uma herança cultural própria e instituições, mesmo que imperfeitos para a transmissão e recriação dessa herança, então o fato de que provinham de etnias africanas especificas torna-se importante”.(p.142)
1 – Lares negros, olhares brancos
•Era comum, no século XIX, associar às relações sexuais dos escravos e gados, era raro casamento de negros celebrados em igrejas.
•“as escravas, em geral, viviam e vivem em concubinato, ou (o que é pior) em devassidão.”(p.143)
•Em 1881, Louis Couty, escreveu que por dificuldade de impor ordem moral em seus cativos, muitos senhores decidiram não interferir mas na vida sexual destes. E quando escravos se união por matrimônio, ocorria grande exploração da mulher pelo homem, a esposa era transformada em uma serva, a tal ponto que esta matava seu marido envenenado.
•Imagens prévias que se tinham dos escravos e que atrapalhava a visão dos observadores:
*imagem deformada do negro, relacionada ao racismo comum entre viajantes e brasileiros “bem nascidos”.
*visão dos observadores do século XIX sofria interferência de preconceitos culturais:
-pelo fato de ocorrerem muitos casamentos ilegítimos na América Latina, diferentemente do que ocorria em seu país de origem, a Europa. (estrangeiros)
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