Hegemonia norte-americana no cinema
Silvia Prata Paulino de Alvarenga - RA: 137592
UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas
Comunicação Social - Midialogia
Resumo
Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa que confronta a hegemonia norteamericana nos campos do cinema e da música e a atual conjuntura artístico-cultural brasileira.
Proponho uma reflexão acerca da indústria cultural e seus impactos sociais no cenário acadêmico. O objetivo é analisar, por meio de um questionário, em que medida os estudantes do Instituto de Artes da UNICAMP se consideram influenciados pela cultura estadunidense e qual o grau de conhecimento deles sobre a arte nacional. Os resultados confirmam o repertório limitado da grande maioria dos entrevistados no que diz respeito às manifestações culturais que ocorrem em nosso próprio país.
Palavras-chave: cenário artístico brasileiro, cultura estrangeira, hegemonia norteamericana, indústria cultural
Introdução
A cultura estrangeira, especialmente a norte-americana, há muito atrai os brasileiros.
Essa atração tem se tornado ainda mais intensa por influência da globalização, que transforma a cultura norte-americana em um modelo a ser seguido. No cinema, a hegemonia dos Estados
Unidos pode ser atribuída ao poder econômico do país e às típicas histórias americanas com finais felizes, que agradam ao público em geral. No campo musical, percebe-se que os artistas brasileiros são, muitas vezes, desvalorizados. De modo geral, a sociedade tem aceitado essas imposições estrangeiras sem grande resistência. A globalização e o surgimento dos meios de comunicação de massa são grandes responsáveis pela transformação da arte em algo mercantil, principalmente a partir do século XIX. Por outro lado, esses fatos marcaram um processo de democratização do acesso à cultura e disseminação de manifestações culturais.
(COELHO, 2001)
José Teixeira Coelho, diretor do Museu de Arte Contemporânea de São Paulo e
professor