a politica da Boa Vizinhanca
A tendência latino-americana de dependência não é algo novo. Desde o início, no processo de colonização, os países latino-americanos foram dominados e explorados pelas respectivas metrópoles, e desde cedo não aprenderam a ser independentes, seguindo aquilo que lhes era ditado. O desenvolvimento local e os habitantes da colônia ficavam em segundo plano, o objetivo era sempre enriquecer a Coroa.
Contrariamente, nos Estados Unidos a colonização foi de povoamento, e apesar de isso não significar que eles foram inicialmente independentes, é uma vantagem no sentido que desde o início eles tiveram que aprender a ter autonomia sobre o que lhes era colocado. O objetivo era desenvolver a terra com habitação, criando formas de comércio e ampliando as estruturas básicas das colônias. O processo de integração das Américas faz parte de uma estratégia histórica dos EUA através da qual as relações econômicas, o comércio, a segurança, assim como o sentido da missão civilizadora e do estabelecimento de laços culturais compõem os principais vetores da política externa norte-americana na criação do hemisfério ocidental.
A partir dessa crença, surgiram então o destino manifesto e a doutrina Monroe, garantida pela política do “Big Stick”.
A doutrina do “Destino Manifesto” é uma filosofia que expressa a crença de que o povo dos Estados Unidos foi eleito por Deus para comandar o mundo, sendo o expansionismo geopolítico norte-americano apenas uma expressão desta vontade divina.
Em meio a esta ideia de predomínio mundial norte-americano estava também a ideia do destino norte-americano de predominar sobre os povos da América Latina, por estes estarem localizados no mesmo continente e não terem desenvolvido a capacidade de exercer domínio sobre outros povos, o que era sintetizado em “Be strong while having slaves“, frase de propaganda política do século XIX que tinha como principal objetivo demonstrar o quanto a cultura dos EUA era atraente e digna de apreço, fazendo