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Patrícia Rodrigues Chaves da Cunha
Resumo:
Com a consolidação das políticas neoliberais no mundo, as taxas de desemprego têm crescido e ameaçado o direito ao trabalho remunerado. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), 1 em cada 5 jovens entre
15 e 24 anos no mundo está desempregado, o que representa mais de 40% do total dos desempregados, 88 milhões de jovens. Entre estes, 85% encontram-se nos países em desenvolvimento. Essa tendência deve se agravar com o ingresso de 660 milhões de jovens no mercado de trabalho nos próximos 10 anos. No Brasil, o desemprego de 3,5 milhões de jovens com idades entre 16 e 24 anos representa cerca de 45% da força de trabalho nacional. Dessa forma, os jovens têm se caracterizado como o contingente populacional mais atingido por esse fenômeno. A questão a ser enfrentada é se políticas públicas voltadas para inserção dos jovens no mercado de trabalho têm sido capazes de assegurar a qualidade de cidadãos com direitos reconhecidos e respeitados. Visto que as políticas econômicas têm priorizado o controle fiscal e da inflação a ponto de 93% dos trabalhos disponíveis aos jovens estarem no mercado informal. Perante esse quadro, o objetivo deste trabalho é analisar o Programa Primeiro Emprego no Brasil, observando limites e impasses desse tipo de política pública, enquanto instrumento de inclusão do jovem cidadão em um país em desenvolvimento.
Palavras-Chave: juventude; desemprego; emprego; políticas públicas, programa primeiro emprego.
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Patrícia Rodrigues Chavez da Cunha
O Programa Primeiro Empero e a cidadania do jovem no Brasil
Em todo o mundo, as políticas sociais sofreram modificações expressivas desde a II Guerra Mundial. O processo de globalização financeira e transformação tecnológica fizeram com que a concentração de renda e a exclusão social aumentassem, levando o problema do desemprego a compor a pauta dos