Havaianas
Elas estão nas prateleiras de lojas de departamentos chiques como Saks Fifth Avenue e Bergdorf Goodman, em Nova York, e Galleries Lafayette, em Paris. Ocupam espaço em vitrines da badalada Via Spiga, em Milão, dividindo a cena com marcas famosas como Dior e Prada. Adornam pés de socialites, artistas, modelos e até mesmo do Presidente da República. Ao mesmo tempo são vistas em uma marcha do Movimento dos Sem-Terra sobre Brasília, nos pés de milhares de homens, mulheres e crianças. Sem dúvida é a sandália mais democrática que se tem notícia. Estou falando das sandálias HAVAIANAS. Calça “do mais pobre ao mais rico” - como disse o escritor Jorge Amado. O que começou como um produto popular, que já foi considerado “coisa de pobre” no Brasil, virou produto fashion em menos de quatro décadas, e hoje enfeita pezinhos milionários, como os das atrizes Julia Roberts e Sandra Bullock, e os das super modelos Naomi Campbell e Kate Mossvisto. Bonita e gostosa, a sandália se transformou em um objeto cult. No exterior, os modelos mais incrementados, feitos sob encomenda, valem mais de US$ 100.
-
A história
Tudo leva a crer que foi a Zori, sandália de dedo japonesa feita de palha de arroz ou madeira lascada (a mesma utilizada na produção de tatame) e que é usada com os quimonos, a real fonte de inspiração para a criação das sandálias HAVAIANAS em 14 de junho de 1962. Mas a versão nacional trazia um diferencial: eram feitas de borracha. Um produto natural, totalmente nacional e que garantia calçados duráveis e confortáveis. Eram as tradicionais branquinhas com tiras e laterais que variavam em cinco cores, entra a mais popular o azul. Visualmente pobres e baratas. Embora o design das sandálias Havaianas seja de origem oriental, seu nome foi inspirado no Havaí, o paraíso do sol e do mar, onde os ricos e famosos norte-americanos passavam suas férias. Esse nome era considerado ideal, já que o calçado era adequado para o uso em países de clima quente, pois deixava os pés