Harvey
Do ponto de vista político e cultural, o pós-modernismo inspirou muitas críticas, isso não ocorre na descrição de Harvey, no que concerne à arquitetura e ao projeto urbano. Harvey diz sobre uma ruptura de ideia trazida pelo Modernismo, de que o planejamento e o desenvolvimento devem se concentrar em planos urbanos de alcance metropolitano.
O pós-modernismo procura de todas as formas, dentro da proposição de urbanismo, descobrir maneiras de manifestar uma estética da diversidade, o que de outro lado pode resultar em problemas, pois os grupos urbanos apresentam, também, diferentes “culturas de gosto”. Isso, muitas vezes, faz com que tendências de mercado sejam unificadas, em virtude das exigências que surgem, fortalecendo o que Bordieu chama de “capitalismo simbólico”, explorador da subjetividade dinâmica presente no gosto das pessoas.
Comenta o autor também, que “o modo como o sistema fordista se estabeleceu constitui, com efeito, uma longa e complicada história que se estende por quase meio século” (p. 122) e que, no entanto, com o Keynesianismo, perde-se a capacidade de responder com eficiência às demandas provenientes das grandes contradições geradas no seio do capitalismo, em função do que Harvey chama de rigidez, que envolve a relação com os trabalhadores e com e Estado. Dessa forma, percebemos o nascimento de um novo modelo que Harvey denomina “acumulação flexível”, que pode ser traduzido como uma reação direta à rigidez do fordismo. Com esse modelo, há uma alteração significativa na relação de poder nas instituições. Os empregadores passam a exercer pressões mais fortes de controle de toda a força de trabalho, mostrando que as transformações da estrutura de mercado tiveram mudanças “as transformações da estrutura do mercado de trabalho tiveram como paralelo mudanças