harvey, david
Mudança no modo de funcionamento do capitalismo a partir de 1970: crise, reestruturação e reorganização, momento de decisão em sua história.
A tese do autor é de que, de fato, o capitalismo está atravessando um momento decisivo, com precedentes, devido a longos períodos de crise, reestruturação e reorganização, de mudanças com descontinuidade. Ele atravessou longos períodos de mudança com descontinuidade que terminaram em reorganizações da economia capitalista mundial sobre bases novas e mais amplas
A investigação do autor tem como meta primordial identificar as condições sistêmicas em que uma reorganização desse tipo pode ocorrer, e, caso ela ocorra, como ela pode se dar.
Mudanças na configuração espacial dos processos de acumulação de capital. Ou seja, mudança na direção do movimento com tendência de aumento da mobilidade geográfica do capital.
Mudanças na organização dos processos de produção e de troca, na qual a produção em massa de tipo “fordista”, cria oportunidades para o ressurgimento de sistemas de “especialização flexível”, baseados na produção artesanal de pequenos lotes
Estudos da “escola de regulação” francesa interpretaram as mudanças do capitalismo como um crise estrutural, denominada “regime de acumulação” fordista-keynesiano, considerado uma fase particular do desenvolvimento capitalista, caracterizado por investimentos em capital fixo que criam uma capacidade potencial para aumentos regulares da produtividade e do consumo em massa. Para que esse potencial se realize, são necessárias uma política e uma ação governamentais adequadas, bem como instituições sociais, normas e hábitos comportamentais apropriados (o “modo de regulação”).
Fordismo-keynesianismo: regime de acumulação com um modo apropriado de regulação
Para Harvey, o capitalismo esteja em meio a uma “transição histórica” do fordismo keynesianismo para um novo regime de acumulação: “acumulação flexível”.
Entre 1965 a 1973 são evidentes as dificuldades do fordismo e