David Harvey
ISSN 2178-0234
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QUESTÃO
V.06 ♦ N. 02 ♦ 2013 pág. 287-289
RESENHA “A PRODUÇÃO CAPITALISTA DO ESPAÇO” DE
DAVID HARVEY
Leticia Krol SANTOS1
O livro “A produção capitalista do espaço”, de autoria de David Harvey, publicado em
2005, é dividido em oito capítulos, nos quais ele faz uma análise marxista do espaço, numa relação entre o Estado e o capitalismo, como conceitos essenciais para a análise da Geografia.
No primeiro capítulo, “A reinvenção da Geografia; uma entrevista com os editores da
New Left Review”, Harvey apresenta como se interessou pela Geografia, quando na infância percorreu todo o norte de Kent, quando aprendeu geologia, agricultura e paisagem; na adolescência, na época do colegial, quando teve interesse pela literatura que possibilitou outra visão do mundo, ingressando em Cambridge para estudar Geografia. Ainda neste capítulo, faz explanações de seus escritos e os contextos históricos deles, por exemplo, a influência de
Baltimore, que despertou o interesse em analisar a cidade, abordando elementos, como capital, produção, Estado, espaço, luta de classes e fragmentação. Sendo assim, aprofunda-se nos discursos estabelecidos por Marx e por Lefebvre.
No segundo capítulo “A Geografia da acumulação capitalista: uma reconstrução da
Teoria Marxista”, Harvey faz uma abordagem da Teoria da Acumulação de Marx e o relaciona com a questão da estrutura espacial. Esta acumulação de capital sempre está no centro do sistema e é formado por contradições internas, com frequentes crises. Estas crises são reais devido às barreiras produzidas pelo próprio capitalismo, como a oferta de trabalho, meios de produção e infraestrutura.
Pensando assim, Harvey aponta ao progresso da acumulação dependente de alguns fatores, como a existência de excedente da mão-de-obra, existência de mercado que possibilita a expansão da produção e para absorver as mercadorias produzidas.
Neste sentido, se faz