hanseníases
A hanseníase é conhecida desde os tempos bíblicos como lepra (Bíblia Sagrada), é uma doença infectocontagiosa, de evolução lenta, que se manifesta principalmente através de sinais e sintomas dermatoneurológicos: lesões na pele e nos nervos periféricos, principalmente nos olhos, mãos e pés.
O termo hanseníase foi introduzido por Rotberg (1969), para libertar uma doença física do estigma ligado à palavra lepra, causada por terror, ignorância e sensacionalismo. O Mycobacterium leprae foi descrito em 1873 pelo norueguês Amauer Hansen. É bacilo álcool-ácido resistente parasita intracelular com predileção pela célula de Schwann e pele.
A hanseníase tem tratamento e cura. Porém, se no momento do diagnóstico o paciente já apresentar alguma deformidade física instalada, esta pode ficar com sequela permanente no momento da alta. Este dado reforça a importância do diagnóstico precoce e do início imediato do tratamento adequado para a prevenção das incapacidades físicas que a evolução da doença pode causar.
Assim, o objetivo desse trabalho é resumir, através de artigos científicos, sobre a hanseníase. Abordar temas como: sinais e sintomas, formas clinicas, transmissão, tratamento e outros.
FORMAS CLÍNICAS
Hanseníase indeterminada (HI): As lesões da HI surgem após um período de incubação que varia, em média, de dois a cinco anos. Caracteriza-se pelo aparecimento de manchas hipocrômicas, com alteração de sensibilidade, ou simplesmente por áreas de hipoestesia na pele (Figura 1a). As lesões são em pequeno número e podem se localizar em qualquer área da pele. Frequentemente, apenas a sensibilidade térmica encontra-se alterada. Não há comprometimento de troncos nervosos nesta forma clínica, apenas ramúsculos nervosos cutâneos. A HI é considerada a primeira manifestação clínica da hanseníase e, após período de tempo que varia de poucos meses até anos, ocorre evolução para cura ou para outra forma clínica (Figura 1).
Hanseníase