HANSENÍASE
Introdução
A hanseníase é uma doença milenar, que desde seus primórdios gera estigmas e preconceitos. Infectocontagiosa tem progressão lenta, alta infectividade por ter como porta de entrada e eliminação do bacilo as vias aéreas superiores e baixa patogenicidade porque nem todos os indivíduos que entram em contato com o bacilo adoecem, cuja evolução depende da imunidade celular do indivíduo contra o bacilo Mycobacterium leprae. É altamente incapacitante e deformante quando o diagnóstico é realizado tardiamente, pois a predileção do bacilo é pela pele e nervos periféricos , tornando o seu diagnóstico simples(VERONESI, 2005;BOGLIOLO,2000) A hanseníase pode atingir pessoas de todas as idades , de ambos os sexos, no entanto, ocorrendo em crianças principalmente quando há uma maior endemicidade da doença. Há uma incidência maior da doença nos homens do que nas mulheres, na maioria das regiões do mundo.Fatores relacionados aos níveis de endemia e às condições socioeconômicas desfavoráveis,às condições precárias de vida e de saúde e o elevado número de pessoas convivendo em um mesmo ambiente, influem no risco de adoecer(BRASIL, 2002), apesar de acometer pessoas de níveis socioeconômicos mais elevados, o que desmistifica a idéia de que somente indivíduos pobres são infectados. O Ministério da Saúde (MS) define como caso de hanseníase uma pessoa que apresenta uma ou mais de uma das seguintes características e que requer quimioterapia:lesão(ões) de pele e com alteração de sensibilidade ;acometimento de nervo(s) com espessamento neural;baciloscopia positiva(BRASIL, 2002). O homem é considerado a única fonte de infecção da hanseníase. O contágio dá-se por uma pessoa doente, portadora do bacilo de Hansen, não tratada, que o elimina para o meio exterior, contagiando pessoas susceptíveis