HANSENÍASE
A hanseníase é doença infecciosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae.
A predileção pela pele e nervos periféricos confere características peculiares a esta moléstia. No entanto, o dano neurológico responsabiliza-se pelas seqüelas que podem surgir.
Constitui importante problema de saúde pública no Brasil e em vários países do mundo.
Apesar de todo o empenho em sua eliminação, o Brasil continua sendo o segundo país em número de casos no mundo. Aproximadamente, 94% dos casos conhecidos nas Américas e 94% dos casos novos diagnosticados são notificados pelo Brasil.
Embora a hanseníase hoje se mantenha nos países mais pobres e nestes nos estratos de população menos favorecidos, não se sabe ao certo o peso de variáveis como moradia, estado nutricional, infecções concomitantes (HIV e malária), e infecções prévias por outras micobactérias.
Considera-se o homem como o único reservatório natural do bacilo.
Admite-se que as vias aéreas superiores constituem a principal porta de entrada e via de eliminação do bacilo. A pele erodida, eventualmente, pode ser porta de entrada da infecção.
Assim, na abordagem do problema devem ser destacados a quimioterapia específica e o tratamento das reações da hanseníase. Essas são vistas como doença imunológica que pode persistir depois do término do tratamento específico em muitos pacientes. O diagnóstico precoce da doença e o reconhecimento imediato dos quadros reacionais garantem a interrupção da cadeia de transmissão e a prevenção das incapacidades físicas.
Existem duas classificações para Hanseníase: Multibacilar (tuberculóide, virchowiana e dimorfa); Palcibacilar (Indeterminada).O Ministério da Saúde define como caso de hanseníase para tratamento, quando um ou mais dos seguintes achados encontram-se presentes: lesão de pele com alteração de sensibilidade, espessamento de tronco nervoso ou baciloscopia positiva na pele.A baciloscopia é o exame complementar mais útil no diagnóstico; é