HANSENIASE
A hanseníase é uma doença crônica granulomatosa, proveniente de infecção causada pelo Mycobacterium Leprae. Este bacilo tem a capacidade de infectar grande numero de indivíduos (alta infectividade), no entanto poucos adoecem (baixa patogenicidade), propriedades estas que não são função apenas de suas características intrínsecas, mas que dependem, sobretudo, de sua relação com o hospedeiro e grau de endemicidade do meio, entre outros1.
É uma doença infecciosa, crônica, de grande importância para a saúde publica devido a sua magnitude e seu alto poder incapacitante, atingindo principalmente a faixa etária economicamente ativa2. O bacilo de Hansen tem um tropismo especial pelas fibras nervosas, atingindo dede as terminações da derme aos troncos nervosos5.
O Brasil é os únicos pais da America Latina que não atingiu a meta de eliminação, dada pela do coeficiente de prevalência a menos de um caso em cada dez mil habitantes. De 1998 a 2005 o coeficiente de prevalência do País reduziu de 4,93/10.000 (1998) para 1,48 (2005), mas a detecção, que é um indicador de transmissibilidade da doença, se manteve sempre em níveis de endemicidade muito altos de 2,16/10.000 em 1998 e 2,09/10.000 em 2005 3. Atualmente, o Brasil é o único país das Américas considerado endêmico4. É classificado da seguinte forma: hiperendêmico (maior ou igual a 4,0/10.000 habitantes); muito alto (maior ou igual a 2,0 e menor que 4,0); alto (maior ou igual a 1,0 e menor que 2,0); médio (maior ou igual a 0,2 e menor que 1,0); e baixo (menor que 0,2)9.
O Ministério da Saúde (MS) define como caso de hanseníase para tratamento quando um ou mais dos seguintes achados encontram-se presentes: lesão de pele com alteração de sensibilidade, espessamento de tronco nervoso ou baciloscopia positiva na pele6. As manifestações clínicas da hanseníase incluem tanto lesões neurais quanto cutâneas e variam de acordo com as formas de hanseníase. No Congresso de Madri, em 1953, adotou-se a classificação atual e