Hanseniase
CID 10: A30
ASPECTOS CLÍNICOS E EPIDEMIOLÓGICOS
Descrição - Doença infectocontagiosa, crônica, curável, causada pelo bacilo de Hansen. Esse bacilo é capaz de infectar grande número de pessoas (alta infectividade), mas poucos adoecem (baixa patogenicidade).
Seu poder imunogênico é responsável pelo alto potencial incapacitante da hanseníase.
Definição de caso - Conforme define a Organização Mundial da Saúde, pessoa que apresenta um ou mais dos critérios listados a seguir, com ou sem história epidemiológica e que requer tratamento quimioterápico específico: lesões de pele com alteração de sensibilidade; espessamento de nervo(s) periférico(s), acompanhado de alteração de sensibilidade; e baciloscopia positiva para bacilo de Hansen.
Observação - A baciloscopia negativa não afasta o diagnóstico de hanseníase. Os aspectos morfológicos das lesões cutâneas e classificação clínica nas quatro formas abaixo devem ser utilizados por profissionais especializados e em investigação científica. Operacionalmente, a OMS recomenda, para fins erapêuticos, a classificação operacional baseada no número de lesões cutâneas. O quadro final sintetiza as formas clínicas de hanseníase, com suas principais características.
Sinonímia - Mal de Hansen; antes a doença era conhecida como lepra.
Agente etiológico - Bacilo álcool-ácido resistente, intracelular obrigatório,denominado bacilo de Hansen ou Mycobacterium leprae.
Reservatório - O homem, reconhecido como única fonte de infecção, embora tenham sido identificados animais naturalmente infectados.
Modo de transmissão
Contato prolongado de indivíduos suscetíveis com pacientes bacilíferos não tratados, especialmente no ambiente intradomiciliar.
Período de incubação - Em média 5 anos, podendo variar de meses a mais de 10 anos.
Período de transmissibilidade - Os pacientes multibacilares podem transmitir a hanseníase antes mesmo de iniciar o tratamento específico.
A primeira dose de Rifampicina é capaz de matar as cepas viáveis do