Hans
A partir de uma abordagem histórica que perpassa momentos em que o universo particular e social eram constituídos sobre uma estrutura religiosa até o momento em que o ponto de partida para a fundamentação dos mais variados campos do conhecimento, dos ritos sociais e das fundamentações tecnológicas e científicas tomam rumos mais independentes e autônomos, Inicia com um breve panorama histórico desde a época em que a religião constituía o cerne da vida particular e social, onde segundo o autor: “o universo físico se estruturava em torno do drama da alma humana”. No entanto, demonstra que no decorrer da história a ciência e a tecnologia avançaram, a situação mudou e a religião deixou de ocupar lugar central nas esferas do saber e da política. Levanta então a seguinte questão: poderiam os cientistas que defendem a rigorosidade do método científico, tirar conclusões acerca da religião sem ter tido antes a experiência religiosa?
A proposta do autor é que o estudo da religião não deva ser de forma isolada com grupos sociais restritos e separados, antes deve ser como um espelho em que nos vemos. O conhecimento e as atividades do homem moderno por mais privadas que estejam da linguagem religiosa, no fundo apresentam as mesmas perspectivas religiosas do passado.
Buscando interpretar a significação dos símbolos religiosos, fala dos animais e de como eles sobreviveram, da adaptação dos seus corpos ao ambiente, passa então ao homem, que não sobrevive, segundo ele, por meio de artifícios de adaptação física, pois ele cria a cultura e com ela as redes simbólicas da religião. A analogia situa-se em torno da seguinte pergunta: “Poderão os símbolos, entidades tão débeis e diáfanas, nascidas da imaginação, competir com a eficácia daquilo que é material e concreto?” O que esta em jogo é a busca pelo