Hans Jonas
Jonas defende ainda que mais do que pensar nas gerações futuras, é necessário conhecer as consequências dos nossos actos e antecipar as consequências dos mesmos, impondo, desta forma, limites ao contrário do que as gerações anteriores fizeram.
Porém, os partidários da Ecologia Profunda opõem-se a Jonas e defendem que “…a natureza tem um valor próprio, vale independentemente da sua utilidade para a humanidade…”[2].
Assim, a tese deste ensaio revela-se em concordância com os Ecologistas Profundos. Mas tendo em conta que defender a Ecologia Profunda poderia despertar conflito entre a audiência, irá ser mostrado como estes podem estar certos.
Em primeiro lugar, parece que Jonas apenas defende a Natureza para proteger a continuidade da existência da humanidade e das gerações vindouras, agindo por mero interesse mundano, instrumental e egoísta, na medida em que só se preocupa com os interesses do Homem continuando assim, a pôr de parte o valor intrínseco da Natureza. Por outro lado, a posição dos Ecologistas Profundos pode levar a crer que desprezam a humanidade. Contudo, apenas dão valor à Natureza pelo que ela vale e não por interesse humano ao contrário de Jonas, porque, é de salientar, que até agora a humanidade só se preocupou com ela própria e nunca com a sua própria casa e isso nunca ninguém poderá desmentir, pois está escrita e gravada em toda a história da humanidade e da Terra.
Em segundo lugar, foi esquecido que a Natureza é a mãe do Homem, ao mesmo tempo a sua casa, família e bem. Sem ela não haveria lugares encantadores para visitar, não haveria dias esplendorosos de praia, campismo, ou outras actividades de lazer que toda a gente aprecia. Sem ela, não haveria lugar para construir os edifícios