Habitus cultivado

Livro: A economia das trocas simbólicas
Capitulo: Sistemas de ensino e sistemas de pensamento

Comentário do seguinte trecho:
Enquanto força formadora de hábitos, a escola propicia aos que se encontram direta ou indiretamente submetidos à sua influência, não tanto esquemas de pensamento particulares e particularizados, mas uma disposição geral geradora de esquemas particulares capazes de serem aplicados em campos diferentes do pensamento e da ação aos quais pode-se dar o nome de habitus cultivado. (BOURDIEU, 2001, p.211)

Segundo Bourdieu a escola pode ser considerada uma força formadora de hábitos, que propicia a todos os indivíduos que se encontram envolvidos a ela não só uma visão particular das coisas, mas de uma forma geral hábitos capazes de ser aplicados pelos mesmos em diversos campos. Estes habitus cultivados seriam esquemas de pensamentos apresentados aos sujeitos que se tornam naturalizados pelos mesmos e que são considerados necessários para a formação. Desta forma o sujeito seria capaz de intervir e agir na sociedade em que vive nas diversas situações que lhe são apresentadas, através desta formação que lhe foi dada, porem de forma homogenia o que facilita a comunicação e comunhão entre todos. Sendo assim, está formação produz indivíduos dotados destes esquemas que seriam interiorizados pelos mesmos de forma inconsciente garantindo assim a sua função de formar o coletivo de forma que tenham pensamentos em comum e reproduzam estes através das ações em suas relações sociais.

Referencia bibliográfica
BOURDIEU, Pierre. A Economia das Trocas Simbólicas. Org. Sergio Miceli. São Paulo: Editora Perspectiva, 5ª edição, 2001. p. 203 a 228.