vidas secas
Retrata fielmente a realidade brasileira não só na época em que o livro foi escrito, mais como os dias de hoje, como a miséria, a injustiça social, a fome, a desigualdade e a seca.
Uma família de retirantes em busca de um lugar que lhes ofereça meios de melhorar suas condições de vida. Essa família é composta por Fabiano, homem humilde e trabalhador; Sinhá Vitória, esposa resignada e fiel; o Menino mais novo e o Menino mais velho, crianças inocentes, representante do anonimato social; além da cachorra Baleia, animal que se humaniza em relação da dura realidade por quem passa Fabiano e sua família.
Durante um longo percurso por um caminho que parece interminável, os personagens enfrentam varias dificuldades entre elas, a fome, a sede e a falta de um lugar onde pudessem se estabelecer. Depois de andarem muitos os retirantes encontraram uma casa que parecia abandonada. Eles se aproximaram e entraram nela, mais logo chega o dono, para quem Fabiano começa a trabalhar, sendo vitima da seca e da exploração por parte do proprietário das terras. Na fazenda a família permanece por alguns tempos, cuidando do rebanho do proprietário até que, desiludidos com os aparecimentos das arribações que, para eles, eram coisas de seca, deixaram a fazenda numa manha bem cedo e continuaram sua busca pela estrada a fora, na tentativa de um dia encontrarem um alento para suas vidas.
Podemos observar a dura e sofrida realidade nordestina. Assim como Fabiano é explorado, milhões de nordestinos também são pisados e vitimados por inúmeras forças. Os personagens mostram bem a falta de informação e a alienação das pessoas. A falta de perspectiva de um futuro é predominante, a seca que destrói sonhos, e destrói vidas. Um governo injusto que não se preocupa com sua população, e o fim mostra bem o que a maioria dos nordestinos já sem nenhuma esperança fazem, migra à procura de novos horizontes.