Habitação minima
INTRODUÇÃO 7 O terceiro capítulo tem como objectivo completar a pesquisa e conclusões efectuadas, na procura de uma resposta para a questão colocada inicialmente: Como é possível responder as todas as necessidades do habitante e garantir a sua satisfação plena? O capítulo apresenta o conceito de flexibilidade como solução arquitectónica. Pretende-se, através da apresentação de soluções e novas dinâmicas associadas à arquitectura da habitação, não só pelo potencial de resposta que contêm, mas sobretudo pela vontade generalizada de se proporem novas ideias, fomentar o desejo de desenvolvimento e evolução das habitações. Associados aos exemplos apresentados e aos casos de estudo aprofundados, são propostos tipos, estratégias e operadores de flexibilidade, com o objectivo de dar uma visão mais abrangente do tema e perceber os benefícios e prejuízos consequentes. O quarto, e último capítulo, surge em jeito de reflexão e conclusão dos capítulos anteriores. É apresentada uma proposta prática de intervenção à escala da casa onde são exploradas diferentes tipologias e estratégias de intervenção tendo em conta o conceito de flexibilidade da habitação. Ao longo de capítulo são explicadas as intenções e justificadas as escolhas que levaram às diferentes tipologias de habitação, assim como as suas potencialidades. Funcionalidade e conforto são conceitos abordados com atenção, não prejudicando nenhum em função do outro. Este diálogo leva-nos ao ponto de partida do trabalho, o paradoxo entre a funcionalidade e o bem-estar, que culmina na proposta apresentada. A abordagem que aqui proponho tem a sua base fundamental nestas questões. Constitui, portanto, a pertinência em si mesma, o questionar a atitude do arquitecto de hoje perante uma sociedade em constante transformação. A ambição não é encontrar uma resposta única, mas antes incentivar à reflexão sobre o campo da habitação e os métodos do arquitecto para a sua concretização, assim como a sua influência no quotidiano dos