habermas
Habermas
CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS
Jürgen Habermas é um filósofo e sociólogo alemão, inserido na tradição da teoria crítica e do pragmatismo. É conhecido por suas teorias sobre a racionalidade comunicativa e a esfera pública, sendo considerado como um dos mais importantes intelectuais contemporâneos.
Habermas se propõe a enfrentar o seguinte desafio:
▪ como é possível, numa sociedade pluralista e multicultural, sociedades e pessoas chegarem a um consenso sobre o que é certo e errado / bom e ruim?
Com o intuito de produzir uma resposta afirmativa para esta questão, elaborou, junto com Karl-Otto Apel, o que se entende por ética do discurso, teoria que pode ser considerada como um programa de fundamentação moral.
A ÉTICA DO DISCURSO
Em que consiste a ética do discurso?
O conceito “ética do discurso” pode ser entendido como a união de dois conceitos em um só. Enquanto a parte do “discurso” aponta para um elemento comunicativo, a parte da “ética” aponta para o agir.
discurso
elemento comunicativo ética
agir
A princípio essas duas coisas podem ser trabalhadas separadamente.
Habermas não faz esta separação, pois seu intento é justamente demonstrar até que ponto é possível pensar numa unidade entre o falar e o agir.
A ética do discurso diz que o consenso é que determina o certo. No entanto, este consenso nunca pode ser acrítico ou uma espécie de convênio sem pretensões morais. Pelo contrário, o consenso tem que ser resultante daquilo que Habermas denomina de fundamentos, e estes fundamentos devem estar baseados em boas razões.
Discurso é uma situação em que um falante desenvolve a pretensão de validade de seus enunciados. Por exemplo, se A afirma que “Matar é errado”, B pode lhe perguntar “Por que matar é errado?”. A situação que se seguirá, com A justificando para B seu enunciado moral, é um discurso moral.
O discurso moral é uma modalidade de discurso prático. Existem três tipos de