As teorias epistemológicas do conhecimento de Habermas se insurgem como contraponto às críticas que a filosofia da modernidade estava sofrendo, por não apresentar possíveis respostas às transições sociais ocorrentes na virada do século XIX para o século XX. Nesse passo, Habermas desenvolve as suas ideias no inicio do século XX a fim de propor um projeto de racionalidade emancipatória do individuo. A primeira teoria proposta por ele foi denominada de “teoria do conhecimento”, a qual tenta estabelecer no campo da filosofia a ideia de que o conhecimento é formado/induzido a partir da noção de interesses (interesse prático, interesse técnico e interesse emancipatório), e utiliza-se das teorias propostas por Kant e Marx. Assim sendo, os meio apropriados para a busca pelo conhecimento, partindo da noção de interesse, seriam: o trabalho, a linguagem e a reflexão ou autorreflexão. Todavia, essa teoria recebeu algumas criticas principalmente no sentido de estar intensamente enraizada na ultrapassada teoria da consciência. Foi a partir da virada linguística que a teoria de Habermas passou de uma filosofia da consciência para uma filosofia da linguagem. Surge então a “teoria da razão comunicativa”. Para o pensador, a filosofia da linguagem não é apenas um veículo transmissor de mensagens, mas sim onde o conhecimento é construído. A linguagem é, portanto, o local onde todas as projeções do cognocentismo se estabelecem. Habermas leva em consideração a categoria de mundo e a categoria de intersubjetividade; caso contrário o pensamento se torna inviável. Esse mundo só existe porque existe a linguagem, a qual viabiliza toda expressão e cognição de construção de horizontes do sujeito, já que não é por meio da linguagem, mas sim construído na linguagem. A expressão linguística constrói conhecimento, a expressão ontológica só é possível dentro da linguagem, o pensamento não existe adstrito à linguagem. A ontologia, dentro desse contexto, representa uma