Edgar Morrin - Pensamentos
“Cultura de massa no século XX: o espírito do tempo”, de Edgar Morin (Teoria Culturológica).
Morin = Estudo dos MC não a partir dos seus efeitos sobre o público, mas na identificação de uma nova forma de cultura na sociedade contemporânea: a cultura de massa, gerada essencialmente a partir dos mass media.
Cultura = sistema constituído de valores, símbolos, imagens e mitos que dizem respeito quer à vida prática quer ao imaginário coletivo, compondo toda uma dimensão simbólica que permite aos indivíduos se localizarem no grupo, que formam uma espécie de “atmosfera”, e que permeia a inserção dos sujeitos no mundo.
“O espírito do tempo” – Em Cultura de Massas no século XX – VOL 1 Neurose. Pg 166
A Interrogação
(1) “A cultura de massa é um embrião de religião de salvação terrestre, mas falta-lhe a promessa da imortalidade, o sagrado e o divino para realizar-se como religião. Os valores individuais por ela exaltados - amor, felicidade, auto realização – são precários e transitórios; o indivíduo terrestre e mortal, fundamento da cultura de massa, é ele próprio o que há de mais precário e transitório; essa cultura está comprometida com a História em movimento, seu ritmo é o da atualidade, seu modo de participação é lúdico-estético, seu modo de consumo é profano, sua relação com o mundo é realista”.
(2) Os olimpianos da CM não são deuses, são mortais como nós; desenvolvimento dos mitos é atrofiado, não existe mito de criação do mundo, não existe cosmogonia, revelação ou tábua da lei. Agora luta maniqueísta Bem x Mal, Fatalidade e Providência como forças ocultas.
(3) A contradição – a vitalidade e a fraqueza – da cultura de massa é a de desenvolver processos religiosos sobre o que há de mais profano, processos mitológicos sobre o que há de mais empírico (real, vivenciável). E inversamente: processos empíricos e profanos sobre a ideia-mãe das religiões modernas: a salvação individual.
(4) Apesar de sua