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Dá-se o nome de operadores argumentativos a certos elementos da língua, explícitos na própria estrutura gramatical da frase, cuja finalidade é a de indicar a argumentatividade dos enunciados. Introduzem variados tipos de argumentos que apontam para determinadas conclusões.
Observe nos exemplos como funcionam esses operadores:
No Brasil ainda há crianças fora da escola.
Nesse enunciado, o advérbio ainda orienta o interlocutor no sentido de inferir algo que está pressuposto: que, antes do momento da enunciação, já havia crianças fora da escola.
Embora muitos adolescentes que trabalham frequentem a escola, poucos conseguem concluir os oito anos de escolaridade básica.
Nesse enunciado, a conjunção embora introduz argumento que se contrapõe ao exposto na oração seguinte.
Tipos de operadores argumentativos
Operadores que introduzem argumentos que se somam a outro, tendo em vista uma mesma conclusão: e, nem, também, não só... mas também, não só ...mas ainda, além disso, etc.
Os efeitos danosos do trabalho infantil sobre a escolarização são sentidos não só nas crianças menores, mas também nos adolescentes.
Operadores que introduzem enunciados que exprimem conclusão em relação ao que foi expresso anteriormente: logo, portanto, então, em decorrência, consequentemente, etc.
O trabalho infantil prejudica o desenvolvimento físico, emocional e intelectual da criança, portanto deve ser combatido.
Operadores que introduzem argumento que se contrapõem a outro visando a uma conclusão contrária: mas, porém, todavia, embora, ainda que, mesmo que, apesar de, etc.
Muitas pessoas são contra a exploração de crianças e adolescentes, mas poucas fazem alguma coisa para evitar que isso aconteça.
Esses operadores são geralmente representados pelas conjunções adversativas e concessivas. A opção por um determinado tipo de conjunção tem implicações na estratégia argumentativa.
Por meio das adversativas (mas, porém, todavia,