Guerrilha de Caparaó
O Brasil em plena ditadura militar sofreu uma tentativa de subversão à autocracia imposta na época, conhecida como “A Guerra do Caparaó”. Esse primeiro movimento foi uma luta armada contra a ditadura militar imposta após o golpe que depôs o presidente João Goulart no ano de 1964 e caiu antes mesmo de entrar em ação. O alto da Serra do Caparaó, na divisa entre Espírito Santo e Minas Gerais, em agosto de 1966, um grupo formado em sua maioria por ex-militares subalternos das Forças Armadas expulsos pelo regime, se instalou para desencadear o início de uma grande reação nacional contra o novo regime.
A guerrilha patrocinada pelo presidente cubano Fidel Castro e organizada por Leonel Brizola durante o seu exílio no Uruguai não chegou a ser deflagrada. Os guerrilheiros abatidos pelo ambiente inóspito e pela falta de estímulo diante da falta de enfrentamento armado na região e ainda tiveram como rivais a bem estruturada e preparada Policia Militar de Minas Gerais. Descobertos e denunciados pela própria população local, os integrantes do MNR que subiram a Serra foram presos pela PMMG entre fins de março e início de abril de 1967.
A inesperada renúncia de Jânio Quadros ao cargo de presidente da República, em agosto de 1961, deu início a um dos períodos mais conturbados da história recente do Brasil. O vice-presidente João Goulart, em viagem oficial à China, foi impedido de assumir a presidência pelos ministros militares que o acusavam ter ligações com o comunismo internacional. Dessa forma, para que se cumprisse o que mandava a Constituição, foi necessária a formação de uma ampla mobilização em favor da legalidade, liderada pelo então governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola. Este conseguiu o apoio do III Exército para resistir à tentativa de golpe. Por fim, legalistas e golpistas recuaram em suas posições e Jango assumiu a presidência da República no dia 7 de setembro, tendo os seus poderes limitados através de uma emenda que