Guerra rosas

A Guerra das Rosas 1455 -1485
No final da Idade Média, e entre os anos de 1337 e 1453, assistimos à “Guerra dos 100 anos” protagonizada pela Inglaterra e pela França, fruto dos diferentes conflitos sucessórios e territoriais . Quando morre Carlos IV, em 1328, último filho de Filipe IV, a França enfrenta-se com um dilema na sucessão ao trono. Por um lado, Eduardo III de Inglaterra, neto do falecido rei e descendente pelo lado materno, pelo outro, Filipe de Valois, sobrinho de Filipe IV. Assim, a França apoiando-se na Lei Sálica aclamou Filipe de Valois, sob o título de Filipe VI, o qual foi reconhecido pelo rei inglês em Amiens em 1329. Em 1377 é introduzida em Inglaterra a poll tax, um imposto destinado a financiar as despesas da guerra, o que provocou o descontentamento da população e, consequentemente, a revolta entre os camponeses em 1381. Para além dos aspectos económicos da revolta, existia uma controvérsia religiosa, um sentimento de insatisfação e ressentimento contra a política de repressão que proibia os camponeses de procurar trabalho noutros locais, de acordo com a lei de servidão da época. Juntamente com esta questão, a Peste Negra levou a uma diminuição da força laboral. O antagonismo entre as casas de York e Lancaster agravou-se quando Henrique Bolingbroke, duque de Lancaster, toma o poder pela força e manda executar o seu primo, o rei Ricardo II Plantagenet, em 1399. Esta situação foi tolerada dada a falta de popularidade do reinado de Ricardo II, pelo que o Parlamento, com o consentimento da Igreja, declarou-o rei de Inglaterra, sob o nome de Henrique IV, conduzindo a um fosso legal para que outros, como mais tarde aconteceu, reclamassem o trono. À sua morte, em 1413, subiu ao trono Henrique V, o qual gozava de grande popularidade pelos feitos militares alcançados durante a guerra com a França. O seu curto reinado foi marcado pelo Complot de Southampton, liderado por Ricardo, Conde de Cambridge e neto de Eduardo III, o qual foi executado