Reflexão sobre o livro nunca lhe prometi um jardim de rosas, de hannah green
Deborah precisa dos personagens e do mundo de Yr para conseguir suportar as frustrações de sua vida. No processo terapêutico com a Dra. Fried, o elo construído entre elas possibilita uma modificação na percepção de Déborah. Com o tempo passa a ter consciência de que o mundo de Yr não é real, desfaz fantasias que até então acreditou serem verdadeiras, e passa a perceber quando um surto está prestes a eclodir, solicitando ajuda dos enfermeiros para proteger a si e aos outros.
Notamos a força do elo entre paciente e terapeuta quando Dra Fried sai de férias, e Deborah começa a se queimar com bitucas de cigarros. É como se ela precisasse provocar uma dor externa para conseguir entrar em contato com sua dor interior. Percebemos essa dificuldade de entrar em contato consigo mesma também na sua relação com a colega Carla. Apesar do aparente vínculo, no momento em que precisam se separar, Déborah cria um mecanismo de defesa para evitar o sofrimento, como se Carla nunca houvesse passado por sua vida, diminuindo a importância da amiga ela minimiza o sofrimento da separação. Não sentir passa a ser necessário para a sua sobrevivência, por isso se refugia em Yr, pois a dor é forte demais para que ela possa suportar conscientemente.
Apesar de todo o trabalho terapêutico, e da