Guerra libia
Introdução:
A Guerra Civil Líbia, foi um conflito bélico que ocorreu no país do norte africano. Começou com uma onda de protestos populares contra a ditadura de al-Khadafi, com reivindicações sociais e políticas, iniciada em 13 de fevereiro de 2011 na Líbia. A exemplo do ocorrido na Tunísia e no Egito, os manifestantes exigiam mais liberdade e democracia, mais respeito pelos direitos humanos, uma melhor distribuição da riqueza e a redução da corrupção, agora é a vez da Líbia – a maior revolta popular das últimas décadas tem por objetivo derrubar o ditador Muamar Kadafi, que governa o país desde 1969. Kadafi chegou ao poder por meio de um golpe de Estado, que depôs a monarquia de então, liderou a Líbia durante 42 anos.
Em comum com outros países, a Líbia tem a presença de um mesmo ditador há décadas, de profundas desigualdades socioeconômicas (com altas taxas de desemprego) e de ricas reservas de petróleo. Mas as coincidências ficam por aí. Diferentemente de outras nações, a Líbia não tem um exército estruturado que sirva de interlocutor com a sociedade (como no Egito) nem recortes religiosos bem definidos (caso de países do Golfo Pérsico). Não é um Estado-nação coeso e com sentimento consolidado de identidade nacional (casos do Egito e da Tunísia). Ao contrário, permanecem identidades tribais, manipuladas por Kadafi, e cisões entre as três grandes províncias do país.
A maior parte dos recursos da Líbia tem sido controlada pela família de Gaddafi. Conforme o Departamento de Estado, "A Líbia é uma cleptocracia em que o regime — tanto a família de Gaddafi, ou por seus aliados políticos — tem uma participação direta em qualquer coisa que vale a pena comprar, vender ou possuir."
Antes do conflito, estimava-se que 20,74% da população líbia estivesse desempregada, uma das maiores médias da região, e que um-terço desta estivesse vivendo abaixo da linha da pobreza. Mais de 16% das