Guerra dos canudos
Na Guerra de Canudos os revoltosos contestavam o regime republicano recém adotado e a sua liderança, exercida por Antônio Conselheiro, baseava-se na motivação religiosa.
A Guerra de Canudos, segundo a história, mobilizou ao todo mais de dez mil soldados oriundos de 17 Estados brasileiros, distribuídos em quatro expedições militares. Calcula-se que morreram ao todo mais de 25 mil pessoas, culminando com a destruição total da cidade palco da guerra.
A destruição final de Canudos Pressionado pelo governo inglês, o Governo Federal brasileiro, que temia que muitos dos investimentos britânicos na Região Nordeste brasileira pudessem ser cancelados caso o descontentamento civil e a resistência monárquica continuassem, preparou uma nova expedição, sob o comando do General Arthur Oscar de Andrade Guimarães.
Desta vez a incursão foi melhor planejada, com a ajuda direta do Ministério da Guerra. O general visitou pessoalmente Monte Santo, uma cidade próxima a Canudos, que servia como concentração para boa parte da grande tropa reunida, consistindo de três brigadas, oito batalhões de infantaria e dois batalhões de artilharia. Metralhadoras e vasto aparato bélico, tal como morteiros e obuses, incluindo ainda um canhão Whitwort 32 foram entregues a uma força de três mil homens, sendo transportadas com muito esforço através do território carente em estradas decentes.
Desta vez, os invasores não tiveram dificuldade devido à enorme quantidade de esfomeados e mal-nutridos, à falta de armas e munição e às sérias perdas que sofreram nos ataques anteriores. Ainda, o líder espiritual e principal símbolo Antônio Conselheiro, tinha morrido no dia 22 de Setembro, provavelmente de disenteria e desnutrição provocadas por meditação em penitência. Após uma formação estratégica organizada, e a inclusão de mais dois mil soldados, Canudos