guerra das malvinas

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A fiel e oportuna aplicação dos fundamentos das operações defensivas constitui-se em aspecto basilar ao sucesso de uma defesa. São eles: apropriada utilização do terreno, segurança, defesa em todas as direções, defesa em profundidade, flexibilidade, dispersão, integração e coordenação das medidas de defesa, utilização do tempo disponível, apoio mútuo e máximo emprego de operações ofensivas.
No caso da operação defensiva conduzida pela 10ª Bda Inf Mec, na Guerra das Malvinas, entre 28 de abril a 14 de junho de 1982, ficou evidente a inobservância de alguns desses fundamentos, dos quais destacamos os dois últimos: apoio mútuo e máximo emprego de operações ofensivas. Pelo primeiro, entende-se que as forças de defesa devem estar dispostas no terreno de forma a permitir o apoio mútuo. Tal apoio deve ser complementado por fogos, observação e por elementos de manobra, tanto à frente como em profundidade. A extensão das ilhas (4000 km), a configuração recortada de seu litoral, assim como a conformação do relevo, tudo aliado aos poucos efetivos da 10ª Bda Inf Mec levaram este Grande Comando a optar, em seu planejamento, pela seleção dos pontos mais importantes da ilha a defender, como Porto Argentino, Darwin, Baía Fox e San Carlos, com prioridade para o primeiro. Nesse sentido, as unidades orgânicas da 10ª Bda Inf Mec foram obrigadas a adotar um dispositivo baseado em pontos fortes, com ampla dispersão entre as peças de manobra, o que era agravado pelas dificuldades de ligação, fruto das grandes distâncias, do terreno, das condições meteorológicas e da superioridade aérea inglesa. Tais limitações impediam o apoio mútuo entre as tropas, facilitando a infiltração inimiga e seu avanço pelos espaços vazios do dispositivo defensivo, o que contribuiu para a derrota argentina.
Outro fundamento defensivo não observado foi o máximo emprego da ação ofensiva, segundo o qual as forças defensivas devem estar alertas para retomar a iniciativa e destruir o

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