Guerra das Malvinas
Após a 2ª Guerra Mundial, o processo de descolonização fez com que diversas partes da América do Sul deixassem de pertencer às grandes potências do Hemisfério Norte, passando a ser território das nações sul-americanas. Isto, porém, não aconteceu com as Ilhas Malvinas, localizadas a aproximadamente 500 km da costa Argentina. As ilhas, ocupadas pelos ingleses desde o século XIX, representavam uma mísera parte dos territórios pertencentes ao império britânico, porém, mesmo com a descolonização, a teoricamente desnecessária região das Malvinas permaneceu sob a tutela inglesa. A posse das ilhas passou a ser reivindicada pelos argentinos, e as batalhas configuraram a Guerra das Malvinas.
O contexto histórico
Na década de 1980, a Argentina passava por uma série de problemas econômicos e sociais, e a população do país se voltava cada vez mais contra o governo. O general Galtieri, então chefe de estado do país, viu na ocupação das Malvinas uma excelentes chance de recuperar a imagem do governo, através do sentimento nacionalista engendrado na disputa pelo território. Com a elaboração da Operação Rosário e a movimentação das esferas diplomáticas argentinas, o governo acreditava que os EUA ofereceriam apoio no avanço às Malvinas ou que os ingleses abririam mão do território através de negociação; os planos de Galtieri, porém, não lograram o efeito desejado.
A primeira ofensiva
Em 1982, uma frota de navios argentinos com escolta de embarcações militares começou a circundar o arquipélago. Os ingleses, desconfiados daquela inesperada manobra, passaram a exigir que as embarcações se retirassem imediatamente do território, então pertencente à Inglaterra. A desinteligência entre as duas nações serviu de pretexto para que Galtieri, ousadamente, declarasse guerra contra a Inglaterra, realizando a invasão das Malvinas no dia 2 de abril do mesmo ano. A primeira ofensiva argentina foi bem-sucedida e resultou no controle de Port Stanley, que, após a