Grupos de movimentos na perspectiva da psicoterapia corporal: criação de vínculos, processos de mudanças físicas e psíquicas.

1 INTRODUÇÃO

Uma experiência enriquecedora é observar o cotidiano de uma criança. Ao levantar, sua disponibilidade para a ação é surpreendente. Seu potencial energético é algo que foge do padrão do adulto. Se fizermos uma comparação entre este potencial e o potencial que dispomos para a realização das nossas tarefas, perceberemos que há algo que não nos permite possuirmos esse fluxo de energia.

Se mudarmos o nosso foco de observação e começarmos a comparar a minha disposição para a ação, verei que ela difere muito da disposição das pessoas que fazem parte do meu cotidiano. Outra diferença percebida será a forma diferente como cada pessoa reage a determinado fato, umas tendem a se escandalizar, outras a comentar, outras a fugir.

Assim, podemos dizer que todo ser humano possui um fluxo energético próprio, que foi “construído” por ele no decorrer da sua história de vida. Assim cada pessoa reagirá de acordo com o conteúdo construído na sua história de vida.

Este trabalho objetiva conhecer os impactos e as mudanças que os exercícios reichianos exercem sobre um grupo específicos de pessoas.

A partir das constatações já citadas desenvolveu-se este trabalho que tem por objetivo descrever de forma breve alguns conceitos da psicoterapia corporal, de uma forma de intervenção que denominamos “grupos de movimento”, também se descreve a realização do trabalho com o grupo para que o leitor do presente trabalho monográfico possua além dos conceitos teóricos a idéia de como é o funcionamento dos grupos de movimento.

O presente trabalho é fruto de uma pesquisa realizada com 12 pessoas. Cada encontro teve a duração de cerca de duas horas, sendo que foram realizados nove encontros, com intervalos de 15 dias em média cada um.

Por fim apresento algumas observações que julgo importante, pois servem para mostrar a importância da presente pesquisa.

2 PSICOTERAPIA CORPORAL

A psicoterapia corporal nasce com Wilhelm Reich, que viveu de 1897 a 1957, era um dos