Pluralidade cultural
3
DOSSIÊ “PLURALIDADE CULTURAL”
Revista Múltiplas Leituras, v.2, n. 1, p. 5-7, jan. / jun. 2009
4
REVISTA MÚLTIPLAS LEITURAS
Revista Múltiplas Leituras, v.2, n. 1, p. 5-7, jan. / jun. 2009
APRESENTAÇÃO - DOSSIÊ
5
APRESENTAÇÃO
A relevância do tema da pluralidade cultural tem sido plenamente reconhecido, embora de relativamente tardia introdução nas pesquisas e práticas educacionais. Tardia, porque foi apenas a partir do final dos anos 1980 e início dos anos 1990 que se passa a debater as possibilidades educativas e as múltiplas formas de tratamento das questões de pluralidade cultural no contexto escolar – questões que lá se encontravam e cuja introdução na escola já constituía objeto de reivindicação de movimentos sociais diversos, em particular daqueles voltados a superar a discriminação e o racismo. Preliminarmente pouco compreendido, até pelas práticas entranhadas no cotidiano escolar que tendem a homogeneizar um contexto que só tem a ganhar com o reconhecimento da diversidade e incorporação de seus benefícios, rapidamente o tema ganhou força e impactos diversos, advindos da urgência de que se revestia pelas demandas sociais, de combate ao racismo e à exclusão. A incorporação do estudo da pluralidade cultural como tema transversal nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) trouxe o reconhecimento oficial do tema, com o Estado brasileiro reconhecendo que a escola, freqüentemente, discrimina e acentua uma característica da sociedade brasileira, de excluir com base em estereótipos e estigmas, denegando, contudo, essa prática. Um aspecto central no trabalho escolar centrado na pluralidade cultural refere-se à oportunidade de formação que se apresenta, quando a escola se abre ao tema. Ou seja, trabalhando com crianças, adolescentes, jovens, a escola pode focar na formação desses cidadãos, do ponto de vista de sua relação com o Estado e os direitos/deveres inerentes à relação, colaborando na transformação social.