Grupo - Dança Senior
Sonia Maria Winckler Zocke – Fonoaudióloga
Talita Viera de Souza – Fisioterapeuta
Introdução
A longevidade cada vez maior da população justifica as inúmeras pesquisas produzidas hoje na área da gerontologia. A questão é de que forma vivenciar os anos adicionais com bem-estar, saúde e qualidade de vida, características de um envelhecimento ativo (OMS, 2005).
O envelhecimento é a extensão lógica dos processos fisiológicos de desenvolvimento (SPIRDUSO, 2005). Esse processo é acompanhado por alterações físicas e cognitivas, que podem levar a prejuízos de ordem funcional, social, comportamental e emocional dos indivíduos (MELLO; TUFIK, 2004; ZIMERMAN,2000).
Para cada indivíduo a velhice é vivenciada singularmente. Características genéticas, culturais e de recursos, hábitos de vida e comportamentos influenciam nos diferentes ritmos de envelhecimento (ZIMERMAN, 2000; SPIRDUSO, 2005).
Gáspari e Schwartz (2005) afirmam que o idoso, assim como o adolescente, enfrenta uma crise de identidade durante a qual é afetado em sua autoestima e na aceitação de si mesmo. Isso se reflete na autonomia, na liberdade, convívio social, afetando a frequência e a qualidade dos relacionamentos interpessoais e dos vínculos afetivos. Os autores apontam a importância de ações educativas que possibilitem ao idoso a elaboração, no coletivo, das questões geradoras dessa “crise”, dando-lhe oportunidade de incorporar novas atitudes diante do envelhecimento.
A velhice, se comparada às demais etapas da vida, é caracterizada por um maior tempo livre. Isso se deve, em parte, ao advento da aposentadoria e ao desvencilhamento de outras obrigações sociais. Durante essa fase os suportes sociais encontram-se reduzidos, podendo haver ausência de papéis sociais a serem desempenhados e falta de novos planos e objetivos de vida, o que pode contribuir para o isolamento do indivíduo. (FERRARI, 1996). Diante disso, é reconhecida a importância de o idoso se engajar em novas