Grupo caramuru
O que faz alguém iniciar um empreendimento a partir do zero – frequentemente sem capital, comumente sem o preparo acadêmico dos gestores profissionais, muitas vezes depois de atravessar sucessivos insucessos e dificuldades que desanimariam a maioria das pessoas – e transformá-lo numa organização líder, lucrativa, que termina por contribuir significativamente para o fortalecimento da economia como um todo?
O Brasil tem muitos exemplos de iniciativas desse tipo. Brasileiros das mais diversas regiões do país e imigrantes de várias partes do mundo criaram, moldaram e expandiram indústrias, comércios, serviços e agronegócios; passaram seu modo de ser para filhos e filhas, netas e netos e ajudaram nosso país a se tornar a economia crescentemente significativa em que nos tornamos – e a melhorar, no processo, a qualidade de vida de todos nós, com resultados mais práticos do que as iniciativas regulamentadoras da maioria dos nossos governantes.
Os analistas do fenômeno do empreendedorismo classificam de vários ângulos as características dessas pessoas, os empreendedores, e as distinguem dos “gerentes” de empresas. Estes são profissionais normalmente com boa formação acadêmica, capazes de levar uma empresa às metas demandadas pelos seus acionistas; gente valiosa que contribui com estratégias, liderança, energia, eficácia na gestão das pessoas e dos recursos financeiros das empresas; que gerenciam a modernização constante das estruturas e processos, as marcas e o marketing das marcas, a tecnologia da informação e tudo o mais que dá vantagem competitiva a um negócio num cenário em que a democratização da tecnologia e a queda das fronteiras protecionistas se tornam, dia a dia, mais