Greve do abc paulista
Foi a greve mais importante e um marco histórico da luta operária brasileira no país em 1978. Os trabalhadores paralisaram os trabalhos nas fábricas da Scania, Ford, Volkswagen, Mercedes-Benz, em luta contra o arrocho salarial, por melhorias nas condições de trabalho, estabilidade no emprego, dentre outras.
Voltando um pouco para o contexto histórico brasileiro, neste momento o Brasil passava pelo processo político que era a ditadura militar. Momento este marcado por muita repressão, dor, sofrimento e alijamento dos movimentos sociais. Aqui, havia roubado toda liberdade do povo brasileiro.
Diante deste contexto, cabe aqui a seguinte interpelação: como é que mesmo dentro de uma ditadura militar esse movimento conseguiu avançar em busca de seus objetivos? A resposta é clara e evidente, pois a greve tinha à sua frente um grande líder que pregava a unidade no âmbito do grupo, passando ser a maior arma para manter firme o movimento. Este líder se chama Luis Inácio Lula da Silva, presidente do sindicato dos metalúrgicos naquela época. Este homem trazia impregnado em seu coração a dor, o sofrimento e o cansaço de cada trabalhador que esperava por dias melhores. Isto o impulsionava a manter-se firme na luta por essa classe, pois ele também era parte do corpo desses trabalhadores que traziam no rosto as marcas de um trabalho exaustivo e uma remuneração miserável. O filme aponta que nas adjacências das fábricas cresciam consideravelmente o número de favelas, e a pobreza era ao extremo e dolorida. Os recursos para alimentação eram escassos. Devido o baixo salário as crianças eram sujeitadas a ingressarem no mercado de trabalho muito cedo para aumentar a renda familiar. Os trabalhadores viviam em condições totalmente desumanas e a jornada de trabalho era axaustiva.
Com o passar dos dias essa greve foi tomando corpo passando a desencadear muitas outras greves operárias por todo território brasileiro. Em vários momentos foi declarada