Gregory
Ucraniano naturalizado brasileiro foi o responsável pelo despertar da arquitetura moderna no Brasil. Chegou ao Brasil em 1923 no auge da vanguarda modernista, encontrando aqui uma predisposição à aceitação das ideias que ele trazia da Europa - os preceitos de Walter Gropius, Mies van der Rohe e Le Corbusier. Oportunamente, naquele momento São Paulo fervilhava de intelectuais defensores da nova arte.
Em 1925, o arquiteto escreveu aquele que seria o primeiro manifesto da arquitetura modernista no Brasil sob o título de "Acerca da Architectura Moderna". No artigo, o arquiteto criticou os ornamentos, ressaltou o moderno e fez elogios à "máquina de morar".
No artigo de Warchavchik, são expostas algumas ideias do arquiteto sobre o novo padrão de estética arquitetônica que estava florescendo. O texto era um elogio da racionalidade da máquina, segundo ele assim como as máquinas que acompanhavam a evolução tecnológica, os edifícios também precisavam se modernizar, pois são verdadeiras "máquinas de morar" não apenas nas técnicas construtivas, que ficavam a cargo dos engenheiros na época, mas principalmente em relação à estética da construção. A crítica ao ornamento é feita de forma muito forte: detalhe inútil e absurdo, imitação cega da técnica da arquitetura clássica, tudo isso era lógico e belo, mas não é mais. Para ele, o estudo da arquitetura clássica deveria servir apenas para dar ao arquiteto um sentimento de equilíbrio e proporção, do contrário, estaríamos destinados a viver em verdadeiras réplicas antiquadas. Defendeu fortemente a produção de uma arquitetura livre dos legados do passado, e que refletisse a época da modernidade, lógica e livre de ornamentos.
Desses conceitos surgem os clássicos itens formais de Le Corbusier como o uso de pilotis, fachadas livres, terraço-jardins, janelas horizontais e plantas livres.
Warchavchik foi então o pioneiro do modernismo na arquitetura brasileira, o entendimento de sua obra é fundamental para o