Gravidade No Centro Da
Mas na verdade não é isso que acontece. A força gravitacional no centro da Terra é zero. Se fosse possível uma pessoa estar exatamente no centro de nosso planeta, esta flutuaria, sem peso algum. Isto porque ela seria atraída em todas as direções simultaneamente, pois para cada força que a puxaria num sentido, haveria outra que faria o oposto. Deste modo esta pessoa não seria “puxada” para lado algum, pois a resultante das forças sobre ele seria nula. A partir do momento em que começamos a mover na direção da parte central do planeta, uma grande quantidade de sua massa começa a ficar “acima” nos puxando no sentido oposto, diminuindo nosso peso. A gravidade é baixa.
A Experiência de Cavendish
Foi no ano de 1686 que Isaac Newton formulou a Lei de Gravitação Universal, segundo a qual dois corpos se atraem mutuamente, sendo essa força de atracção inversamente proporcional ao quadrado da distância entre estes e directamente proporciona ao produto das suas massas. A constante de proporcionalidade era G. Porém, apesar de estabelecer a dependência desta constante, Newton nunca se interessou muito pelo seu valor numérico. Felizmente, este desinteresse não foi partilhado pela comunidade científica, tendo havido inúmeras tentativas para descobrir o valor desta constante, a qual hoje é chamada Constante de Gravitação Universal (G).
Passado quase um século após a publicação da Lei de Newton, incitado pelo seu interesse na constituição e estrutura internas da Terra, Henry Cavendish (físico e químico inglês, 1731−1810) trocou, em 1783, cartas com o seu amigo Reverendo John Michell, nas quais discutia a possibilidade de se construir um aparelho para “pesar a Terra”. Conhecendo a experiência do francês Charles Coulomb para investigar a força eléctrica entre duas esferas de metal carregadas, Michell sugeriu o uso de uma balança de torção, que permitia medir a força de atracção entre duas esferas de metal, e projectou a mesma. Mas acabou por falecer