GRAMSCI
I. QUEM ERA?
Antônio Gramsci, foi um filósofo, político, cientista político, comunista e antifascista italiano.
Nascido em Ales, na Sardenha, em uma família pobre e numerosa, filho de Francesco Gramsci, um homem que tinha vários problemas com a polícia, ele foi vítima, antes dos 2 anos, de uma doença que o deixou corcunda e prejudicou seu crescimento. No entanto, foi um estudante brilhante, e aos 21 anos conseguiu um prêmio para estudar Letras na universidade de Turim.
A cidade de Turim, à época, passava por um rápido processo de industrialização, com as fábricas da Fiat e Lancia recrutando trabalhadores de várias regiões da Itália. Os sindicatos se fortaleceram e começaram a surgir conflitos sociais-trabalhistas. Gramsci frequentou círculos comunistas e associou-se com migrantes sardos.
Sua situação financeira não era boa. As dificuldades materiais moldaram sua visão do mundo e tiveram grande peso na sua decisão de filiar-se ao Partido Socialista Italiano.
Gramsci frequentou os círculos socialistas e entrou para o Partido Socialista (1913). Transformou-se num jornalista notável, um escritor articulado da teoria política, escrevendo para o "L'Avanti", órgão oficial do Partido Socialista e para vários jornais socialistas na Itália.
Em 1919, rompeu com o partido. Militou em comissões de fábrica e ajudou a fundar o Partido Comunista Italiano (1921), junto com Amadeo Bordiga.
Gramsci foi à Rússia (1922), onde representou o novo partido e encontrou Giulia Schucht, uma violinista com quem se casou e teve 2 filhos.
A missão russa coincidiu com o advento do fascismo na Itália. Gramsci retornou com a missão de promover a unidade dos partidos de esquerda no seu país.
Em 8 de novembro de 1926, a polícia fascista prendeu Gramsci e, apesar de sua imunidade parlamentar, levaram-no à prisão. Recebeu uma sentença de cinco anos de confinamento e, no ano seguinte, uma sentença de 20 anos de prisão em Turi, perto de Bari.
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