Grafismo infantil
Este trabalho foi realizado com o intuito de estudar o desenvolvimento do grafismo infantil. Coletamos desenhos livres de crianças com idade entre 02 a 15 anos, para compreender o desenvolvimento do pensamento infantil por meio da representação gráfica em uma perspectiva psicogenética.
Realizamos da seguinte maneira, entregamos as crianças sulfite e lápis de cor, giz de cera e solicitamos que fizessem um desenho livre, coletamos o nome, idade e o que cada criança desenhou. Observamos todo o processo, pontuando a atitude da criança ao desenhar, gesto troca de cores, questionamos de forma singela qual era o intuito do desenho, assim podendo adentar ao imaginário, tentando construir uma lógica para o processo cognitivo da criança.
Para este trabalho, nos baseamos nas teorias de Luquet e Piaget. Luquet foi um dos primeiros estudiosos a se interessar pelo desenho da criança do ponto de sua evolução cognitiva. Ele procurou compreender o quê e como a criança desenha, enfocando o sujeito da ação, as intenções e as interpretações que a criança dá às suas produções. Piaget, ao tratar o desenvolvimento do desenho espontâneo da criança, adota os estágios propostos por Luquet interpretando-os, a partir do nível do realismo fortuito, do ponto de vista da representação do espaço.
DESENVOLVIMENTO
Neste trabalho concebe-se a construção de conhecimentos como desenho como fruto da interação da criança com este objeto; e a linguagem gráfico-plástica como um sistema de representação a ser reconstruído pelo sujeito ao se apropriar deste objeto de conhecimento. Dentro deste enfoque, a criança não nasce sabendo desenhar, mas constrói seu conhecimento acerca do desenho através da sua atividade com este objeto de conhecimento, ou seja, a partir do momento que a criança estabelece o esquema de objeto permanente, ela já começando a representá-lo.
Nesse sentido a criança não desenha o que vê nos objetos, mas o que suas estruturas mentais lhe possibilitam que veja, e mais, em