graduação
Prof. Ms. Antonio Roberto Chiachiri Filho (Roberto Chiachiri)
Docente da Faculdade Cásper Líbero e doutorando PUC-SP
Resumo
Nossa proposta neste artigo é evidenciar alguns recursos utilizados pelos fotógrafos gastronômicos no processo de criação desses signos, as fotos gastronômicas, à luz de dois profissionais deste campo, Roger Hicks e Frances Schultz2 e por meio do livro destes autores intitulado Photo Culinaire. Iremos fazer um breve percurso nas técnicas por eles descritas e, por fim, partiremos para uma análise de três fotos que ilustram nosso tema.
Tentaremos ver como são construídas as artimanhas para o despertar de prazeres gustativos por meio da foto gastronômica, melhor explicando, como uma mediação visual pode despertar e mesmo aguçar outros sentidos como o gustativo.
Palavras-chaves: foto gastronômica; mediação visual; prazeres gustativos, sinestesia.
O objeto que está sendo criado carrega um modo sensível de mediação da realidade que lhe é externa; é a percepção artística que age na escuta por meio de todos os sentidos.
(SALLES, 1998: 91).
1
Trabalho apresentado ao NP 15 – Semiótica da Comunicação do V Encontro dos Núcleos de Pesquisa da Intercom
Roger Hicks é britânico, fotógrafo e escritor/ilustrador com mais de quarenta livros sobre foto, gastronomia e viagens.
Escreve para as revistas fotográficas, The British Journal of Photography e Pic, na Inglaterra e, Shutterbug, nos Estados
Unidos. É casado com Frances Schults, fotógrafa e escritora norte americana.
2
À moins que vous ne soyez vous même amateur de bonne chère, il est peu probable que vous puissiez la mettre en image avec succès. (Hicks e Schultz, 1995)
A começar pela citação acima e segundo seus autores, podemos perceber que o processo de criação de uma foto culinária requer logo de início uma condição primeira: que o fotógrafo seja um bom apreciador da boa gastronomia. Os estímulos