Graduação
Dádivas, Conflitualidades e Hierarquias da Saúde
1. Dádiva e a criculação desigual de bens/reciprocidade de prestígios diferenciados;
2. Quebrar a dicotomia direito (relação médico-paciente vivida apenas como uma relação contratual de direitos e deveres) e favor (desigual em função das posições diferenciais de poder e favor – clientelismo;
3. SUS tal como instituido e implantado desde 1990 , a partir dos preceitos constitucionais de 1988 – Conforme o princípio da integralidade: “os serviços de saúde devem funcionar, atendendo o indivíduo como um ser humano integral submetido às mais diferentes situações de vida e trabalho, que o leva a adoecer e morrer” e “ o indivíduo não deve ser visto como um amontoado de partes (coração, fígado, pulmões, etc.) e solto no mundo”; e que “o indivíduo é um ser humano, social, cidadão que biologicamente, psicologicamente, e socialmente está sujeito a riscos de vida” (258)
4. Reconhecimento do poder de auto-cura confronta o prestígio hierárquico dos médicos;
5. Modelos de dádiva: rivalidade de dons (positivos e negativos) ; articulação entre reciprocidade e conflitualidade;
6. não há só reciprocidade igualitária, mas também as que seguem e consolidam hierarquias sociais prescritas em cada sociedade em particular;
7. o reconhecimento dos direitos dos usuários confronta o reconhecimento dos prestígios hierárquicos dos médicos;
8. A deterioração da relação médico paciente é percebida como uma falência do sistema, com excessos de pacientes demandantes, e como se nada pudesse ser feito diante disso – falta de importância para a singularidade de cada paciente;
9. Dons esperados – circulação de formas de prestígio e reconhecimento entre paciente e médico;
10. uma “barreira invisível” que não permite abalar-se pela circulação negativa da reciprocidade de formas de prestígio;
11. dos médicos se espera os dons de atenção/escuta/cuidado e atos curativos; dos usuários, esperam-se os dons da