graduando
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INTRODUÇÃO
O conceito de relação fonte-dreno, largamente utilizado em Fisiologia
Vegetal (Salisbury & Ross, 1969), trouxe, particularmente para os iniciantes no estudo desta disciplina, a compreensão da existência de compartimentos que atuam como fonte de carboidrato (as folhas por exemplo) para outros compartimentos que preferencialmente o acumulam (raízes, frutos em crescimento, etc.).
A planta, como dreno, tem o solo como sua fonte principal de nutrientes minerais. No caso freqüente da deficiência de nutrientes, a produtividade de uma planta é viabilizada pela fertilização do solo, isto é, aumento da fonte de nutrientes para satisfazer o dreno-planta. Há, portanto, na manutenção da produtividade de uma cultura (de seu dreno), necessidade de manutenção do suprimento (de sua fonte) de nutrientes em níveis adequados para a planta. Assim, pode-se utilizar, também em Fertilidade do
Solo, a relação fonte-dreno entre os compartimentos solo e planta.
O solo poderá ser naturalmente fonte de nutrientes, fértil, ou tornar-se fonte, com maior ou menor restrição (tamponamento) a essa mudança, por meio da adição de fertilizantes.
O solo poderá ser fonte de fósforo (P) quando ainda apresentar características nutricionais (reservas) favoráveis à planta, mesmo que insatisfatórias. O que se adiciona como fertilizantes irá somar-se, sem maiores restrições, às reservas já existentes no solo. No caso do solo-dreno, haverá competição entre a planta (dreno) e o solo pelo P adicionado como fertilizante.
Solo e planta, como drenos, estarão competindo entre si pelo fertilizante aplicado, e em muitos dos casos o dreno-solo é maior que o dreno-planta.
Com o aumento do grau de intemperismo, há uma mudança gradual de características de um solo, no sentido de torná-lo menos eletronegativo e, como conseqüência, mais eletropositivo (Quadro 1), com mudanças direta ou indiretamente ligadas a esse perfil de carga. Sua capacidade de troca
catiônica