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A HERANÇA LIBERAL NUMA ÉPOCA DE CONSENSO IDEOLÓGICO
“Atualmente se costuma dizer que, no século XIX, a América Latina era ‘neocolonial’, sugerindo uma situação de dependência econômica e cultural de nações politicamente independentes. A ilação imediata é que a independência era formal e superficial e que a dependência foi a experiência mais profunda e mais significativa da região.” (Pp.331)
“[...] as ideologias, os programas políticos e as teorias sociais do século XIX, embora ‘europeus’ em termos intelectuais, eram, não obstante, distintivos e autenticamente ‘latino-americano’, em parte porque surgiram em nações politicamente independentes.” (Pp.331)
“A experiência distintiva do liberalismo na América Latina derivou do fato de terem as idéias liberais sido aplicadas em países extremamente estratificados social e racialmente e subdesenvolvidos economicamente, nos quais a tradição da autoridade estatal centralizada estava arraigada profundamente, Em suma, foram aplicadas num ambiente resistente e hostil e que, em alguns casos, engendrou a forte ideologia oposta do conservadorismo.” (Pp.332)
“Em comparação com o primeiro meio século que se seguiu à independência, os anos posteriores a 1870 foram de consenso político. As doutrinas liberais clássicas baseadas na autonomia do individuo cederam lugar a outras teorias para as quais o individuo é parte integral do organismo social, condicionado pelo tempo e pelo local e está sempre mudando à medida que muda a própria sociedade.” (Pp.333)
O REPUBLICANISMO E O “ESPÍRITO” AMERICANO
“Os liberais hispano-americanos das décadas intermediárias do século se mostraram ambivalentes em relação à Europa. A maioria compartilhava o ponto de vista do