Graduando

UMA BREVE HISTÓRIA DA CLÍNICA E DA PSICOLOGIA CLÍNICA

Clínica iniciou com o médico ao lado do leito do paciente. Com o reflexo do empirismo, foi-se sistematizando os dados e informações obtidos e, aos poucos, a clínica deixou de ser somente “leito” para ser, também, algo mais experimental e científico. Com a Revolução Francesa, como a medicina tinha um papel higienista e social, o hospital foi reorganizado, e transformou-se em uma escola. A clínica, agora, era, além de estar no leito do paciente, um momento de ensino. (lembrar que, com o cientificismo, a clínica já era mais sistematizada, com prognósticos, conjunto de sintomas, etc. Havia um grande foco no estudo dos sintomas e dos signos).
Com as dissecações e autópsias (acumulando-se à sistematização comentada anteriormente), abriu-se mão das teorias anteriores, e passou-se a prestar atenção no corpo e na sua anatomia. Com isso, buscou-se prevenir e tratar doenças. Essa anato-clínica ajudou a consolidar a medicina científica, distanciando-se da metafísica.
“A clínica é muito mais do que uma prática médica pautada no exame do indivíduo ou no estudo de casos; ela é um campo de produção científica do conhecimento e de elaboração de uma práxis, com claros reflexos na cultura.” A psiquiatria foi tida como profissão autônoma no sec XVIII, com os trabalhos de Pinel, Tuke e Rush, que começaram os trabalhos de classificação das “doenças mentais”, influenciados pelo empirismo. Na França tornou-se uma “clínica de casos”, ajudando a definir o indivíduo como objeto científico. A psiquiatria e a psicopatologia sempre tiveram duas tendências básicas: a perspectiva organicista e a perspectiva psicológica. As duas postulam uma essência; uma natureza a priori das loucuras e doenças. A psicologia clínica teve origem da psiquiatria, a partir da valorização do “eu” e da subjetividade (herança do Romantismo) na compreensão dos distúrbios que, até então, era mecanicista. A modificação do tratamento dos loucos ajudou a